terça-feira, 9 de março de 2010

COPA DE 2006

CAMPEÃO: ITÁLIA

A Copa do Mundo (ou Campeonato Mundial) de Futebol de 2006 realizou-se na Alemanha e foi vencida pela Itália. Pela segunda vez a Alemanha foi o país-sede (a primeira vez foi no ano de 1974-Alemanha Ocidental), e o único pré-classificado. Pela primeira vez na história do campeonato, o campeão do torneio anterior (no caso, o Brasil) precisou disputar as eliminatórias para poder defender o direito de participar no torneio. Trinta e dois países participaram da Copa de 2006, cuja final foi no dia 9 de Julho.

A decisão de confiar à Alemanha a organização do torneio foi controversa, já que se esperava que o campeonato ocorresse na África do Sul. Os outros países candidatos à organização eram Inglaterra, Marrocos e Brasil. Desde que a escolha foi feita, o órgão que controla mundialmente o esporte, a FIFA, afirmou publicamente sua intenção de rotacionar o país-sede entre suas confederações integrantes. A sede para a Copa seguinte foi escolhida logo em seguida: a África do Sul abrigará os jogos da Copa do Mundo de 2010.[4] Como preparação para a competição, a FIFA organizou a Copa das Confederações 2005 na Alemanha, torneio ganho pelo Brasil. A Copa do Mundo de 2014 será realizada na América do Sul e o Brasil foi o país escolhido para sediar esta Copa.

De acordo com os resultados obtidos nas eliminatórias, os 32 países classificados foram: Alemanha (previamente classificada como país sede), Argentina, Brasil, Paraguai, Equador, México, Estados Unidos da América, Trinidad e Tobago, Costa Rica, Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Itália, Suíça, Suécia, República Tcheca, Ucrânia, Sérvia e Montenegro, Países Baixos, Croácia, Polônia, Togo, Gana, Angola, Costa do Marfim, Tunísia, Japão, Arábia Saudita, Irã, Coreia do Sul e Austrália.[6]

Pela primeira vez na história da Copa do Mundo, três países lusófonos estiveram presentes (Portugal, Angola e Brasil). E foi a primeira vez, também, que a Concacaf teve quatro representantes (EUA, México, Costa Rica e Trinidad e Tobago), o mesmo número de América do Sul e Ásia.

COPA DE 2002

CAMPEÃO: BRASIL

O Campeonato Mundial de Futebol de 2002 ou Copa do Mundo de Futebol de 2002 reuniu 32 equipes entre os dias 31 de Maio e 30 de Junho. O Brasil conquistou pela quinta vez o título mundial, depois de derrotar a Alemanha na final.

Foi a primeira vez que dois países sediaram unidos o evento, a primeira vez que três seleções - França, Japão e Coreia do Sul - estavam classificadas automaticamente e a primeira vez que uma edição da Copa não aconteceu na Europa ou nas Américas. Foi um avanço ao continente Asiático.

Foi a Copa das grandes surpresas e decepções. Do lado das surpresas contaram-se o Senegal (1 a 0 contra a França, 1 a 1 com a Dinamarca, 3 a 3 com o Uruguai, sendo eliminado só nas quartas-de-final pela Turquia, outra surpresa). Os turcos venderam caro a derrota para o Brasil, ficaram em 2º no grupo e perderam de novo para o Brasil, nas semifinais, por um 1 a 0. A Turquia pode queixar-se de um calendário de jogos mal feito, em parte devido ao fato do campeonato se disputar em dois países, dado que as equipes que se enfrentam na fase de grupos não devem voltar a jogar uma contra a outra, exceto na final. Na disputa do 3º lugar, a Turquia ganhou por 3 a 2 da Coreia do Sul, outra grande surpresa, ainda que beneficiada por jogar em casa. A Coreia ganhou da Polônia, Portugal, Itália, eliminou a Espanha e ficou em 4º lugar no Mundial.

Do lado das decepções estão a França, Argentina, Itália e Portugal. A França, favorita ao título, foi eliminada logo na 1ª fase, com 1 empate, 2 derrotas e nenhum gol marcado.

A Argentina caiu no chamado "Grupo da Morte". Após ter vencido a Nigéria por 1 a 0, perdeu para a Inglaterra por 1 a 0 e sucumbiu diante da Suécia num empate em 1 a 1. A Itália se classificou no seu grupo no saldo de gols, mas foi eliminada nas oitavas-de-final pela Coreia do Sul. Curiosamente em 1966, a Itália foi eliminada pela Coreia do Norte. Portugal perdeu surpreendentemente para os Estados Unidos por 3 a 2, pareceu recompor-se com uma vitória sobre a Polônia, e perdeu por 1 a 0 para a Coreia do Sul.

Brasil e Alemanha, os dois gigantes das Copas, chegaram a 2002 desacreditados por todos. No entanto, jogaram a final entre si. A Alemanha ganhou da Arábia Saudita por 8 a 0, Camarões 2 a 0, empatou 1 a 1 com a Irlanda, e depois venceu seus outros jogos todos por 1 a 0 até à final. O destaque alemão foi o goleiro Oliver Kahn, que só levou 3 gols durante o torneio.

O Brasil fez a seguinte campanha: 2 a 1 com a Turquia, 4 a 0 com a China, 5 a 2 com a Costa Rica, 2 a 0 frente à Bélgica, 2 a 1 sobre a Inglaterra, e 1 a 0 frente à Turquia. Na final, o Brasil ganhou por 2 a 0 da Alemanha. O Brasil chegou ao pentacampeonato, inédito, e igualou a Alemanha em número de finais consecutivas, três.

Na final o Brasil entrou em campo com a seguinte equipe: Marcos; Lúcio, Roque Júnior e Edmílson; Roberto Carlos, Gilberto Silva, Kléberson, Cafu (Capitão) e Ronaldinho Gaúcho; Rivaldo e Ronaldo.

Ronaldo foi o grande nome da Copa, pois todos duvidavam de sua capacidade física de disputar o mundial, devido a 2 anos de inatividade por causa de suas cirurgias no joelho. Os 3 R's brilharam: Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo. O técnico do Brasil foi Luiz Felipe Scolari.

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COPA DE 1998

CAMPEÃO: FRANÇA
A Copa do Mundo FIFA de 1998 foi, pela segunda vez na história do torneio, realizada na França. A Seleção Francesa de Futebol, após duas tentativas frustradas de chegar à fase final das Copas de 1990 e 1994, disputaria o torneio sob desconfiança, mesmo jogando em casa, e sagrou-se pela primeira vez campeã mundial, ao vencer a Seleção Brasileira de Futebol por 3 a 0 na final.

COPA DE 1994

CAMPEÃO: BRASIL

A Copa do Mundo FIFA de 1994 foi sediada nos Estados Unidos, apesar da pouca tradição do futebol no país. A Copa de 1994 bateu todos os recordes de público, mantidos até hoje.

Com um futebol extremante eficiente e com um grupo muito unido liderado pelo polêmico craque Romário, a Seleção brasileira conquistou o quarto título mundial.

Foi uma copa de surpresas. A Bulgária que até ali em 6 participações anteriores jamais havia vencido um jogo de Copa do Mundo superou grandes favoritos, sendo a 1ª colocada em um grupo que tinha a Argentina, além de eliminar em um jogo emocionante a Alemanha, até então a Campeã mundial, por 2 a 1 nas quartas de final. Outra surpresa foi a Nigéria, com seu futebol ofensivo. Romênia e Suécia também surpreenderam. Os suecos ficaram com o 3º lugar ao derrotar a Bulgária por 4 a 0.

COPA DE 1990

CAMPEÃO: ALEMANHA

A Copa do Mundo de 1990 foi a 14ª Copa do Mundo disputada, e contou com a participação de 24 países. Num total de 112 países participaram das eliminatórias. O campeonato ocorreu na Itália. Foram marcados 115 gols, 52 foram de bola parada.

A Itália, dona da casa, era grande favorita ao título. O Brasil, campeão sul americano, comandado pelo técnico Sebastião Lazaroni, adotou o sistema com líbero, com dois laterais, chamado 5-3-2, tornando irreconhecível o time canarinho. A Copa de 1990 passou para a história como uma copa de equipes defensivas, que jogavam apenas para alcançar o resultado. Brasil e Argentina eram os maiores expoentes desta síndrome.

A seleção brasileira, dividida por brigas internas, foi precocemente eliminada. Após passar com dificuldades pela primeira fase, apesar de 3 vitórias (2 a 1 na Suécia com dois gols de Careca, 1 a 0 na Costa Rica e 1 a 0 na Escócia) com um gol de Müller a 10 minutos do fim do jogo). o Brasil caiu nas Oitavas de Final, frente à Argentina por 1 a 0 (o gol foi de Claudio Caniggia, em uma única jogada genial de Maradona). O Brasil lutou, mas perdeu várias chances de gol. Foi a pior campanha brasileira desde 1966.

Se o Brasil não esteve entre os destaques da Copa, a seleção de Camarões foi a grande surpresa do mundial. Liderada pelo experientíssimo Roger Milla, a equipe africana surpreendeu a Argentina, campeã mundial, e venceu por 1 a 0 no jogo de abertura da copa, (gol de François Omam-Biyik de cabeça, com a colaboração de Nery Pumpido). Avançou até as Quartas de Final, com vitórias sobre a Romênia 2 a 0, (dois gols de Milla) e Colômbia 2 a 1 (com mais dois gols de Milla, que ao marcar seu segundo gol, tirou a bola do goleiro René Higuita), mas perdeu por 3 a 2 da Inglaterra, em um jogo sensacional com viradas dos dois lados e dois pênaltis, ambos convertidos por Gary Lineker, artilheiro da Copa do México.

A Itália, dona da casa, estreou com um gol salvador do reserva Salvatore Schillaci, contra a Áustria 1 a 0. Os italianos ainda venceram por 1 a 0 os EUA mas desperdiçaram um pênalti, defendido por Tony Meola, 2 a 0 frente à Tchecoslováquia, de Tomáš Skuhravý, com um golaço de Roberto Baggio, 2 a 0 o Uruguai (gols de Schillaci e Aldo Serena) e 1 a 0 a Irlanda chegando às semifinais. Na Semifinal se defrontou com a Argentina que obteve uma campanha fraca, dependendo quase que unicamente de Diego Armando Maradona, com futebol apenas razoável, defensivo, que contou com muita sorte na vitória contra o Brasil (3 bolas contra sua trave) e com o milagreiro Sergio Goycochea no jogo contra a Iugoslávia, nos pênaltis.

A Alemanha Ocidental, treinada por Franz Beckenbauer, percorre seu caminho em direção ao título com a seguinte campanha: 4 a 1 na Iugoslávia, 5 a 0 nos Emirados Árabes, 1 a 1 com a Colômbia com dois gols nos minutos finais de jogo, (Pierre Littbarski aos 44 e Freddy Rincón aos 47) 2 a 1 na Holanda e 1 a 0 na Tchecolováquia até as semifinais.

Nas semifinais, ocorrem dois clássicos: Alemanha X Inglaterra e Argentina X Itália. No primeiro jogo, uma das maiores rivalidades da Europa, muito equilíbrio, e um empate em 1 a 1 com gols de Andreas Brehme para o time alemão e Lineker marcou para os ingleses. A Inglaterra não chegava nas semifinais desde a Copa de 1966, quando foi campeã e, mesmo tendo um de seus melhores times em Copas com jogadores talentosos como Lineker, Paul Gascoigne, David Platt, Ian Wright, e o veterano goleiro Peter Shilton, não conseguiu furar o bloqueio alemão e a decisão foi para os pênaltis, onde pesou a tradição da Alemanha, que venceu por 4 a 3 e chegou à sua terceira final consecutiva, um recorde inédito até então.

"Desculpe Dieguito, nós te amamos, mas a Itália é a nossa pátria". Essas palavras expressavam o sentimento da torcida italiana no Estádio San Paolo, em Nápoles, onde Argentina e Itália se enfrentariam. Foi lá que Maradona viveu seus melhores dias na carreira. Começa o jogo, os italianos dominam e Schilacci faz 1 a 0. A Argentina se recupera em campo, mostra um futebol e uma auto-confiança que não mostrara e Caniggia empata. O empate persiste na prorrogação e a decisão da vaga também vai para os temidos penais. A torcida napolitana torce para que, só desta vez, Maradona erre o pênalti, mas ele marca. Goycochea brilha, defende dois pênaltis e a Itália, anfitriã e talvez a maior favorita ao título no início da competição, dá adeus ao tetracampeonato.

No estádio San Nicola, em Bari, na decisão do terceiro lugar, Itália e Inglaterra fazem um jogo de anticlímax mas que acaba ganhando contornos mais emocionantes em seu desenvolvimento, se tornando um jogo bastante disputado. A Itália ganha o terceiro lugar por 2 a 1 com um gol de pênalti de Schillaci, que, desta forma, se torna o artilheiro da Copa. Apesar de não terem chegado às finais, tanto os jogadores italianos quanto os ingleses demonstraram estar orgulhosos pela campanha de suas seleções e a entrega das medalhas pelo 3º lugar se tornou um dos momentos mais marcantes da Copa de 90.

Chega o dia 8 de julho de 1990. No Estádio Olímpico de Roma, a Alemanha Ocidental de Lothar Matthäus e a Argentina de Maradona fariam a revanche da Copa de 1986. El Pibe de oro, que já era "odiado" pelos torcedores romanos por sua atuação em Nápoles, se vingou, chamando palavrões para a torcida, que vaiou o hino argentino. Ele se tornou um dos mais hostilizados pela torcida devido à eliminação italiana na semifinal. Os argentinos buscavam o tricampeonato mundial mas, depois de dois vice-campeonatos consecutivos, a Alemanha não deixaria o título escapar e domina amplamente a partida. Maradona e Jorge Burruchaga, a dupla que desmantelara a zaga alemã no jogo final da Copa de 1986 com jogadas rápidas, desta vez havia sido bem neutralizada por uma forte marcação e a tática argentina de atuar nos contra-ataques não resulta em perigo. Resta aos hermanos segurar o empate em busca de um lance isolado, como acontecera contra Brasil e Itália dias antes ou levar a decisão nos pênaltis, onde Goycochea sempre se destacou. A Alemanha, de tanto pressionar, trata de ganhar uma vantagem psicológica, e ela acontece aos 74 minutos quando Pedro Monzón faz uma falta feia em Jürgen Klinsmann (que chegou a erguer suas pernas para o ar), o que faz com que o argentino seja expulso. Com a vantagem, a Alemanha chega finalmente ao gol do título. Aos 84 minutos, Klinsmann bate falta próximo da área e na seqüência da jogada, Roberto Sensini, que havia entrado no 2º tempo, comete pênalti duvidoso em Rudi Völler. Maradona reclama e recebe cartão amarelo. Brehme bate rasteiro no canto e Goycochea, desta vez, não pega. Faltava muito pouco para o fim da partida e a Argentina não teria condições de reagir. A Alemanha conquistava o tricampeonato. Franz Beckenbauer se torna o primeiro europeu (e o segundo campeão de Copa do Mundo) a ser campeão do torneio como treinador e jogador. Apesar do gol do título ter vindo de um lance duvidoso, o título germânico foi incontestável. A Alemanha Ocidental tinha a equipe mais sólida do futebol mundial, contando com jogadores como Klinsmann, Völler, Pierre Littbarski, Matthäus, Brehme, Jürgen Kohler, Bodo Illgner e Thomas Häßler vivendo o melhor momento das carreiras. Lothar Matthäus recebeu, ainda em 1990, a Bola de Ouro e o prêmio de Melhor Jogador do Mundo. A Copa de 1990 serviu também como uma homenagem simbólica a um país que seria reunificado poucos meses depois.


COPA DE 1986

CAMPEÃO: ARGENTINA

A Copa do Mundo FIFA de 1986 foi a 13ª Copa do Mundo disputada, e contou com a participação de 24 países divididos em seis grupos de quatro. 113 países participaram das eliminatórias.

A Copa de 1986 seria disputada na Colômbia. Porém, os graves problemas econômicos deste país impediram os colombianos de serem os anfitriões do torneio. A FIFA ofereceu a Copa para o Brasil, mas o Governo de José Sarney recusou. Então a Copa foi aceita pelo México, que foi escolhido para sediar o mundial mais uma vez. Nem mesmo os terremotos um ano antes do mundial colocaram em risco a realização da copa.

Foi uma Copa na qual o grande nome foi sem dúvida Diego Armando Maradona. Após o vexame de 1982, a Argentina vinha com um time renovado. Maradona, Jorge Valdano, Jorge Burruchaga e Nery Pumpido foram nomes de uma equipe que se deu ao luxo de abrir mão da titularidade de Daniel Passarella. Já o Brasil, na primeira fase, ganhou da Espanha por 1 a 0, que deveria ter sido empate com um gol de Michel, que o juiz não viu (a bola bateu na trave e após a linha), 1 a 0 na Argélia, 3 a 0 na Irlanda do Norte (com um golaço de Josimar) e 4 a 0 na Polônia com outro lindo gol de Josimar. O Brasil, com uma defesa mais consistente do que em 1982, só levou um gol, justo no fatídico empate com a França pelas Quartas de Final, onde Zico, aos 30 do segundo tempo viu Joël Bats defender o penal que daria a classificação à seleção canarinho.

A Copa de 1986 também marcou a despedida da "geração Platini", e a França ficou com o 3º lugar, eliminada pela segunda vez consecutiva pela Alemanha e os principais jogadores de tão frustrados abriram mão de jogar pelo 3º posto contra a Bélgica. Mesmo assim, a França ganhou por 4 a 2. Os "Diabos Vermelhos" (a seleção belga) foram a grande surpresa da copa, pois eliminaram seleções favoritas como a URSS, nas oitavas por 4 a 3 num jogo sensacional, e a Espanha, que um jogo antes goleou a Dinamarca por inacreditáveis 5 a 1 com uma atuação espetacular de Emilio Butragueño, que fez quatro gols naquele jogo. A sensação da primeira fase foi a "Dinamáquina", que aplicou uma sonora goleada no Uruguai por 6 a 1, e venceu ainda a Alemanha, grande favorita, por 2 a 0 e caiu contra a Espanha nas Oitavas.

O Marrocos se classificou em um grupo que tinha Inglaterra, Polônia e Portugal e só foi eliminado nas Oitavas, contra a Alemanha, com um gol de falta de Lothar Matthäus no fim do jogo. A boa campanha marroquina confirmava o início de uma fase constante de boas participações de equipes africanas em Copas.

A Argentina, com o gênio Maradona, ganhou da Coréia do Sul na estréia por 3 a 1, empatou em seguida com a Itália, campeã mundial e grande decepção da copa, por 1 a 1, e consolidou o primeiro lugar com 2 a 0 na Bulgária. Nas oitavas ganhou por 1 a 0 do Uruguai, nas Quartas, 2 a 1 na Inglaterra, num dos jogos mais antológicos da história do futebol mundial. Maradona, literalmente, acabou com o jogo. Fez um gol de mão, e depois um dos mais belos gols de todos os tempos, onde passou por seis ingleses, incluindo o goleiro. Na semifinal, espantou a zebra belga por 2 a 0 com outro golaço do pibe de oro. Na final, Argentina e Alemanha Ocidental. A Argentina abre 2 a 0 com gols de José Luis Brown e Valdano, a Alemanha busca o resultado e empata com gols de Karl-Heinz Rummenigge e Rudi Völler, mas, no final, num descuido de Matthäus, implacável marcador, Maradona acha Burruchaga e o lança na cara do gol: 3 a 2 para a Argentina. Desta vez, ao contrário de 1978, sem contestações.

COPA DE 1982

CAMPEÃO: ITÁLIA

A Copa do Mundo de 1982 foi a 12ª Copa do Mundo disputada, e contou pela primeira vez com 24 (vinte e quatro) seleções. 105 países participaram das eliminatórias. O campeonato ocorreu na Espanha.

O Brasil, liderado por Telê Santana, chegou à Europa com um conjunto de talentos que conquistou a Espanha e encantou o mundo.

Outras grandes seleções marcaram presença na Espanha. A França de Michel Platini, Jean Tigana, Dominique Rocheteau e Didier Six; a Alemanha de Karl-Heinz Rummenigge, Manfred Kaltz, Pierre Littbarski e Paul Breitner.

A Argentina, campeã mundial, decepcionou. Os portenhos fizeram o jogo de abertura da copa contra a Bélgica e perderam por 1 a 0. Classificaram-se em segundo lugar no grupo após vencerem a Hungria e El Salvador. Mas na segunda fase foram derrotados pela Itália por 2 a 1 e pelo Brasil, que vingava 1978 por 3 a 1, numa demonstração de força do time de Telê.

A Alemanha sofreu uma derrota surpreendente contra a Argélia na estréia por 2 a 1. Goleou o Chile e venceu sua "irmã", a Áustria, por 1 a 0, no chamado "jogo da vergonha". Os argelinos, brilhantes, derrotaram o Chile por 3 a 2 passaram à segunda fase, devido a esta vitória alemã.

A França perdeu por 3 a 1 da Inglaterra na estréia, mas mesmo com uma campanha irregular conseguiu a classificação. Empatou com a Tchecoslováquia e ganhou do Kuwait por 4 a 1.

Já o Brasil, grande favorito ao título, estreou contra a URSS. Um jogo complicadíssimo. Os soviéticos fizeram 1 a 0 numa falha de Waldir Peres. A seleção errou muito, principalmente no sistema defensivo e o juiz deixou de dar 2 penaltis claros para os soviéticos. No segundo tempo o Brasil colocou os nervos no lugar e o gênio de Sócrates explodiu no gol de empate. Aos 43 minutos, Éder Aleixo dispara no ângulo de Rinat Dasayev: Brasil 2 a 1. A equipe de Telê então venceu a Escócia, de virada de novo, por 4 a 1. Zico brilhou com um bonito gol de falta. Contra a Nova Zelândia a seleção canarinho novamente venceu por goleada, 4 a 0. Na segunda fase o Brasil enfrentaria Argentina e Itália. Primeiramente, o Brasil bateu a Argentina por 3 a 1, num jogo em que a imagem de Júnior sambando à beira do campo após marcar um dos gols canarinhos tornou-se emblemática.

A Itália jogou 3 jogos péssimos na primeira fase, empatando com Peru, Camarões e Polônia, e só se classificou por ter mais gols marcados. Na 2ª fase a mística da Azzurra incendiou a equipe, que disparou rumo ao tricampeonato. Na 2ª fase a Itália venceu a Argentina por 2 a 1, o Brasil por 3 a 2, nas semifinais a Polônia por 2 a 0, chegando à finalíssima da copa. Mas antes, um adendo sobre aquele que ficou conhecido como a "Tragédia do Sarriá".

Brasil e Itália se enfrentavam pelo segundo jogo da segunda fase. Como a Itália havia vencido a Argentina por 2 x 1, e o Brasil por 3 x 1, a seleção canarinho, super favorita ao título, tinha a vantagem do empate. Mero protocolo…o Brasil iria vencer o jogo fácil, fácil, afinal, a Itália só havia vencido um jogo na copa, enquanto o Brasil era o único com aproveitamento de 100%. Começa o jogo. Logo aos 5 minutos cruzamento da esquerda e cabeceio de Paolo Rossi, com a defesa brasileira olhando, assistindo a cabeçada do italiano, 1 x 0. O Brasil não se intimida. Zico se livra de Gentile e toca brilhantemente para Sócrates. O Doutor invade a área e chuta forte, cruzado, 1 x 1. O jogo é parelho. A Itália marca forte a saída de bola do Brasil, e força o erro da seleção. Toninho Cerezo faz um toque lateral, Falcão e Luisinho esperam um pelo outro, e ele, Paolo Rossi não espera por ninguém, dispara toma a bola e solta a bomba, 2 x 1.

O Brasil tem todo o segundo tempo para empatar e se classificar, afinal, é no segundo tempo que o time de Telê dava um show de bola nos adversários. Bola com Júnior que toca para Falcão na entrada da área, Toninho Cerezo faz a ultrpassagem iludindo a defesa italiana que o acompanha, abre-se a brecha de onde Falcão solta a bomba, 2 x 2, era a classificação do Brasil. Mas não era isso que desejavam os Deuses do Futebol. Escanteio "que não foi" marcado para a Itália. Todo o time do Brasil dentro da área, e na sobra, a bola, ingrata, acha ele, Paolo Rossi, que desvia sua trajetória e mata Waldir Perez, 3 x 2. O Brasil ainda tem uma última chance, mas Zoff faz uma defesa espetácular em uma cabeçada certeira de Oscar. Fim do drama. Itália 3 x Brasil 2. Um derrota que jamais fora esquecida.

A Alemanha passou à final após uma vitória épica contra a França de Platini. No tempo normal, 1 a 1. Na prorrogação, a França chega a fazer 3 a 1. Mas, os alemães, liderados por Rummenigge, buscaram o resultado e empataram o jogo em 7 minutos, numa das mais espetaculares reações de todos os tempos. Na primeira decisão por pênaltis da história, deu Alemanha. O lado lamentável foi a covarde agressão que o goleiro alemão, Harald Schumacher, cometeu sobre o atacante francês Patrick Battiston, que caiu no chão sem sentidos, o que fez muitos acreditarem que ele tinha morrido.

Grande Final da Copa. Estádio Santiago Bernabeu em Madrid. Clássico europeu, Itália vs Alemanha Ocidental. Só que aquilo que era para ser um clássico virou um passeio à italiana. A "Azurra" passeou em campo, e embalada pelas vitórias sobre Argentina, campeã do mundo, e Brasil, favorito ao título, não tomou conhecimento da Alemanha. Final do 1º tempo e o jogo já estava decidido 3 x 0. A Alemanha ainda descontou mas já era tarde para mais uma reação do time germânico. Final Itália 3 x Alemanha 1.

Paolo Rossi o carrasco brasileiro com 3 gols no jogo, ainda marcou mais 1 na final e foi o artilheiro da Copa de 1982. A Itália sagrava-se tricampeã, igualando-se ao Brasil, que foi brilhante, mas não levou o título.